quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O homem moderno vem deixando de lado as práticas esportivas

Apresentação  

O homem moderno vem deixando de lado as práticas esportivas, o que muitas vezes leva a um estilo de vida sedentário e provoca distúrbios como má alimentação, obesidade, tabagismo, estresse, doenças coronarianas, etc.
Como reação a essa atitude, a ciência do esporte vem desenvolvendo estudos e demonstrando a importância que a prática constante de uma atividade física bem planejada tem para que as pessoas possam ter uma vida mais saudável.



Motivos importantes para a prática da atividade física

1 Auto estima
A prática regular de exercícios aumenta a confiança do indivíduo.
2 Capacidade Mental
Pessoas ativas apresentam reflexos mais rápidos, maior nível de concentração e memória mais apurada.
3 Colesterol
Exercícios vigorosos e regulares aumentam os níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade, o &ldquobom colesterol&rdquo) no sangue, fator associado à redução dos riscos de doenças cardíacas.  
4 Depressão
Pessoas com depressão branda ou moderada, que praticam exercícios de 15 a 30 minutos em dia alternados, experimentam uma variação positiva do humor já após a terceira semana de atividade.  
5 Doenças Crônicas
Os sedentários são duas vezes mais propensos a desenvolver doenças cadíacas. A atividade física regula a taxa de açúcar no sangue, reduzindo o risco de diabetes. 
6 Envelhecimento
Ao fortalecer os músculos e o coração, e ao amenizar o declínio das habilidades físicas, os exercícios podem ajudar a manter a independência física e a habilidade para o trabalho, retardando o processo de envelhecimento. 
7 Ossos
Exercícios regulares com pesos são acessórios fundamentais na construção e manutenção da massa óssea. 
8 Sono
Quem se exercita pega no sono com mais facilidade, dorme profundamente e acorda restabelecido. 
9 Stress e Ansiedade
A atividade física libera os hormônios acumulados durante os momentos de stress. Também funciona como uma espécie de tranqüilizante natural - depois do exercício a pessoa experimenta uma sensação de serenidade. 

 

Conceitos importantes para a prática da atividade física 
Avaliação Física 

Antes de iniciar um programa de atividade física regular, é fundamental a realização de uma avaliação física para a prevenção de quaisquer riscos à sua saúde. Esta avaliação de estado de aptidão inclui quatro áreas. 
força muscular;
flexibilidade articular;
composição corporal (percentual de gordura, peso corporal magro e peso corporal desejável);
capacidade funcional cádio-respiratória. 
Todos estes dados colaboram para a formulação correta de um programa de exercícios individualizado, baseado no estado de saúde e de aptidão da pessoa. 
 

 
Avaliação Correta 

Adquira, progressivamente, bons hábitos alimentares. Faça cerca de 5 a 6 refeições moderadas por dia. 
O café da manhã deve ser rico e diversificado, constituindo uma das principais refeições. 
Elimine ou evite de sua dieta os alimentos que só contribuem com calorias e que não têm valor nutritivo. 
Evite chá, café e álcool, pois podem causar uma indesejável diminuição da eficiência muscular. 
Prefira água e sucos naturais, em detrimento de bebidas artificiais.  
Evite alimentos gordurosos, pois além de prejudicar o processo digestivo, aumentam o colesterol e o percentual de gordura no organismo.  
Inserir alimentos ricos em carboidratos é muito importante, porém o excesso pode ser transformado em gordura e depositado no tecido adiposo.  
Use a roupa correta 
Na prática da atividade física, a escolha da roupa é importante. 
Não utilize aquelas que dificultam a troca de temperatura entre o corpo e o meio ambiente (evite tecidos sintéticos). 
Prefira roupas claras, leves e que mantenham a maior parte do corpo em contato com o ar, facilitando a evaporação do suor. 
Use tênis apropriado para a modalidade física escolhida. 
  


Prepare seu corpo antes da atividade física - Alongamento e Aquecimento 

O alongamento é a forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização de movimentos de amplitude normal, com o mínimo de restrição possível, preparando assim o corpo para a atividade a ser realizada, evitando riscos aos músculos esqueléticos, tendões e articulações. Ele deve ser realizado antes e após os treinos. Ao executar os movimentos, fique atento à postura correta, mantendo a respiração lenta e profunda. Assim os resultados serão melhores. 
O aquecimento deve durar de 5 a 20 minutos, utilizando 50% da sua capacidade máxima de condicionamento. Os objetivos deste preparo (aquecimento) são o aumento da temperatura corporal e a melhora da flexibilidade, evitando lesões nas regiões a serem estimuladas pelo exercício.
  


 Volta a calma - resfriamento do organismo  

Ao término do seu treino, não pare bruscamente: diminua progressivamente a intensidade da sua atividade. Com isso você conseguirá obter um estado de relaxamento do sistema nervoso central, aumentando a descontração da musculatura e otimizando a recuperação metabólica. 

Sequência de alongamento para antes e depois da atividade física.  
Freqüência e Intensidade do Programa de Exercícios 

Para se adquirir um bom condicionamento, por meio de um programa eficiente de treinamento, deve-se levar em consideração os principais fatores que afetam as melhoras induzidas pelo treinamento. São estes: o nível inicial de aptidão, a freqüência, a intensidade, a duração e o tipo (modalidade) de treinamento.
A intensidade é estabelecida no exercício em termos de percentual da resposta da frequência cardíaca máxima individual.  
Níveis de treinamento que proporcionam melhora na aptidão aeróbica, variam entre 60 e 85% da freqüência máxima, dependendo do nível de capacidade aeróbica individual.  
A freqüência de treinamento
  
 

Tabela de cálculo  
Para obter os níveis ideais de freqüência cardíaca para uma atividade física, faça o seguinte cálculo: 
F.C. máxima = 220 - (sua idade) 
Este resultado deve ser multiplicado pelo percentual que varia de acordo com o seu nível de condicionamento físico.
 
Como saber qual é o percentual adequado para você: 

Iniciantes: entre 60 e 65%
Intermediários: entre 65 e 75%
Avançados: entre 75 e 85% 
Os percentuais citados são apenas sugestivos. Procure um profissional de educação física para que ele possa orientá-lo e acompanhá-lo adequadamente. 
 
Tabela de Freqüência 

Nos primeiros espaços devem ser utilizados os percentuais de F. C. de acordo com o nível de condicionamento e suas respectivas F. C.. 
Exemplo: Tenho 25 anos e sou sedentário. Cálculo220-25=195. Esta é a freqüência cardíaca máxima que deve ser multiplicada pelo percentual que varia de acordo com o nível de condicionamento. 
F. C. inicial: freqüência cardíaca ainda em repouso.
F. C. durante: freqüência cardíaca na metade do tempo de trabalho ou no momento de maior intensidade.
F. C. final: freqüência cardíaca no término do exercício, antes da diminuição da intensidade.
F. C. de recuperação: freqüência cardíaca após 1 minuto do término da atividade.
Tempo de Trabalho: duração do tempo total de treino. 
Intensidade do exercício: medir a intensidade do exercício em treinos realizados em aparelhos orgométricos, como esteiras, bicicletas, etc, considerando velocidade, inclinação ou níveis de carga. Se estiver nadando ou correndo na rua, considere a distância percorrida. 
Nível de esforço: relacione qual das opções reflete onível de esforço desprendido para realizar a atividade. 
Obs.: Faça cópias das tabelas seguintes para seucontrole freqüente.  
 
Atividade Física

Apesar do procedimento correto, podem ocorrer dores ou até lesões 
 
Prevenção de Contusões 

Tão importante quanto a prática de exercícios é a prevenção de danos que possam surgir. De acordo com pesquisas, as pessoas que não praticam exercícios com freqüência - às vezes chamadas de atletas de fim de semana - apresentam 3 vezes mais danos físicos quando comparadas com participantes de esportes organizados, e 9 entre 10 desses danos são deslocamentos e luxações, normalmente resultados do desequilíbrio entre a força muscular utilizada e a tolerância pessoal.
 
Exercícios e Dor 

Respeite seu nível de aptidão e seu condicionamento físico para não exceder limites e provocar possíveis lesões. Seu corpo precisa de tempo para sofrer as adaptações necessárias para a melhora de condicionamento. Isto significa que as melhoras são progressivas. A dor é um bom indício para a intensidade correta de estímulo a ser empregada. 
Lembre-se: se doer, pare. 

Conclusão

A busca da atividade física deve ser sempre o bem estar, sempre a saúde, idependente de qual for a atividade procure sempre o acompanhamento médico. O resultado de tudo isso pode ser a perda de peso, uma silueta mais alongada, pode ate ser, mas o mais importante as vezes não é notado, SAÚDE. 
  



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Anabolizantes e Sua Saúde

Especialistas alertam: uso contínuo pode levar à morte


O professor de Educação Física Sandro da Cunha Pinto Barbosa faz um alerta para os usuários de anabolizantes: o uso contínuo da droga pode matar. Segundo o especialista, os usuários do produto também podem desenvolver problemas de falta de apetite sexual e até esterilidade.
A ambição de ganhar mais massa muscular e o crescimento proporcionado pelo simples levantamento de peso costumam levar ao consumo dos anabolizantes. "Depois de treinar e ganhar músculos, há quem não fique satisfeito. Percebe que se não usar o anabolizante não vai ficar igual a quem está tomando", diz Sandro da Cunha.
 
 
Ele afirma ainda que existe também uma tendência de alteração dramática do ciclo hormonal reprodutor, causando falta de apetite sexual e a diminuição do testículo, que pode atrofiar, e uma queda acentuada na produção de espermatozóides, levando até a esterilidade. Na mulher, ocorre a redução excessiva do teor de gordura corporal, alterando o ciclo menstrual, e atrofiando o ovário. Para o professor de Educação Física, conseguir um corpo escultural e atlético sem a ajuda de anabolizantes depende da genética. "O corpo tem um limite, mas o fator genético influencia. Os negros, por exemplo, têm mais facilidade para ganhar massa muscular", ressalta.
 

Outro alerta feito por Sandro da Cunha é que os anabolizantes podem causar dependência. Ela pode ser percebida no usuário que continua tomando medicamentos mesmo depois de ter tido conseqüências causadas pela droga como problemas físicos, nervosismo, irritabilidade, efeitos negativos com suas relações com as pessoas. Além disso quando deixam de usá-las apresentam uma série de sintomas desagradáveis. 
 
 

"Para os que já vêm tomando altas doses há muito tempo e com sintomas de dependência, nem sempre é fácil parar de usar. Quando param podem sentir fadiga, perda de apetite, insônia, redução do desejo sexual, e ainda uma grande vontade de continuar usando anabolizantes. O sintoma mais grave é a depressão, que em casos extremos pode levar à tentativa de suicídio. Nesses casos é necessária a ajuda de um profissional", concluiu Sandro da Cunha. 
 
 

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Atividade física para crianças e adolescentes

Hoje em dia, a maioria dos pais se preocupa em oferecer uma atividade física aos seus filhos. Cada vez mais, têm se falado na necessidade de ter um estilo de vida saudável e na importância de seguir uma dieta balanceada e praticar atividade física para ter uma boa saúde.


Apesar disto, cresce a cada ano, o número de crianças e adolescentes obesos. Uma das causas do problema é sem dúvida o sedentarismo. Muitos moram em condomínios e fazem apenas os exercícios da Educação Física do colégio. Não existem mais as brincadeiras de rua como esconde-esconde, pega-pega, entre outras, onde se queimavam muitas calorias.
Tudo gira em torno do computador e do vídeo game. Com isto a criança gasta menos energia e pode ser uma candidata a obesidade. Crianças e adolescentes que possuem pais obesos têm mais chances de desenvolverem o problema, além de colesterol alto, diabetes e hipertensão.
Algumas crianças obesas também enfrentam outro problema: a vergonha por ser gordo, preferindo não ir a academia ou não fazer atividade física em grupo. Por causa disto, vem crescendo o número de crianças e adolescentes adeptos ao Personal Trainer.



Ter um professor particular parece ser uma boa idéia. Além de fazer um trabalho direcionado a cada caso, levando em conta as diferenças e necessidades de cada um, se desenvolve o gosto pela atividade física. Muitos pais, por não terem tempo de praticar atividades físicas ou jogos com seus filhos, têm procurado a ajuda destes profissionais da área de Educação Física.
Mas também nesta fase, é muito importante principalmente para o seu desenvolvimento geral, que a criança ou adolescente se integre a grupos e faça um trabalho coletivo com brincadeiras, jogos, disputas, gincanas, etc. Atividades em clubes, parques, acampamentos ou mesmo na escola devem fazer parte da vida de crianças e adolescentes. Isto, com certeza poderá evitar que se tornem adultos obesos.
Relacionamos abaixo algumas sugestões de atividades físicas de acordo com a faixa etária:

1 ano em diante: natação, atividades de recreação.
5 anos em diante: ballet, atividades de recreação.







8 anos em diante: basquetebol, voleibol, futebol, tênis, caminhada, alongamentos, artes marciais, atividades de recreação.
10 anos em diante: todas as anteriores além de corrida leve e circuitos.
12 anos em diante: todas as anteriores e exercícios com pesos (leve).



Mas atenção! Também as crianças e adolescentes deverão passar por uma avaliação física antes de iniciar a atividade física. Para isto, os pais devem consultar o pediatra e pedir uma prescrição das atividades mais indicadas a cada caso. As atividades indicadas acima, são apenas sugestões.
 
Por: Valéria Alvin Igayara de Souza
CREF 7075/ GSP - Especialista em treinamento.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Atividades físicas para portadores de deficiência

Todos sabem que a prática de atividades físicas é de grande eficácia para a promoção da saúde e bem-estar, não diferente para pessoas portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida.
Como para todos, os portadores de deficiências devem iniciar devagar, fazer três sessões de 10 minutos diariamente ou uma única sessão de 30 minutos. Pessoas sedentárias devem começar com intervalos de atividade entre 5 a 10 minutos e aumentar gradativamente.


Quanto mais exercícios físicos fizerem mais o corpo corresponde e o retorno será uma vida saudável, independente e prazerosa. Mesmo aqueles que precisem de auxílio para realizar exercícios, devem ter sempre em mente que ele é o responsável pelos cuidados com seu corpo.
Independentemente da modalidade escolhida é essencial fazer sempre algo que goste e que dê prazer ao realizá-lo.


A prática de atividades físicas pelos portadores de deficiência proporcionará e poderá:

  • estimular a independência e autonomia;

  • melhorar a socialização com outros grupos;

  • melhorar a auto-valorização, a auto-estima e a auto-imagem;

  • a melhoria das funções organo-funcionais (aparelho circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);

  • melhoria na força e resistência muscular global;

  • melhora no equilíbrio estático e dinâmico;

  • manutenção e promoção da saúde;

  • desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária;

  • aprimoramento da coordenação motora global;

  • superação de situações de frustração;

  • experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações.


  • Com tantos benefícios conheça agora algumas modalidades que poderão ser praticadas por você ou sugeridas para alguém que conheça:

    Judô: segue as mesmas regras da Federação Internacional de Judô, com pequenas alterações por ser praticado por portadores de deficiência visuais, sendo assim a punição por pisar fora do tatame não ocorre. No começo da luta a pegada é feita pelo juiz e o atleta não pode mais mudar de posição, e toda vez que acontecer a separação dos atletas o combate é interrompido. A prática deste esporte consiste em que saber utilizar a força do adversário é mais importante do que aplicar a própria força.
     

    Natação: esta modalidade é voltada para amputados, portadores de paralisia cerebral, deficiências visuais, paraplégicos e outros.
    As competições são divididas de acordo com as deficiências dos atletas que são três: visuais, deficientes físicos e deficientes cerebrais. As regras são as mesmas utilizadas pela Federação Internacional de Natação com a diferença de o atleta ter a escolha de largar na plataforma ou dentro d’água em algumas provas.
     

    Tiro: para amputados, portadores de paralisia cerebral e cadeirantes.
    Nesta modalidade os atletas atiram de posições diferentes daquelas determinadas pelas normas internacionais. Os atiradores podem praticar os seus disparos sentados ou em pé devido a um sistema que equipara as chances dos atletas.
     

    Bocha: para portadores de paralisia cerebral.
    Os jogadores precisam colocar suas bolas o mais perto possível da bola branca que é o alvo e também tirar de perto dela as bolas do adversário. É um jogo de precisão e estratégia e por ser praticado somente por deficientes cerebrais os jogadores podem receber orientações de seus treinadores, sendo esta feita de maneira acústica.
     

    Vela: modalidade voltada para amputados, cadeirantes, portadores de deficiência visual, paralisia cerebral e outros.
    Apenas duas classes são disputadas: a Sonar composta por três atletas e a pontuação varia de 1 a 7, dadas de acordo com o grau de deficiência. Cada uma das equipes não pode ultrapassar a marca de 12 pontos. A outra classe é a 2,4mR disputada por apenas um velejador em cada barco. 


    Por: Vanessa Salvador Marietto
    CREF 020396-G/SP

    segunda-feira, 1 de novembro de 2010

    Atividade física para terceira idade

    Fazer exercícios traz benefícios em qualquer idade, melhorando muito a qualidade de vida. Longevidade e qualidade de vida tem tudo a ver, pois todos desejam viver muito, mas com saúde, bem estar, um bom condicionamento físico e se possível no seu peso ideal.

    Se você não fizer exercício físico nem mantiver uma dieta alimentar balanceada, provavelmente não terá alguns benefícios e não desfrutará de uma boa qualidade de vida.

    O envelhecimento fisiológico não acompanha necessariamente a idade cronológica, pois isto varia de pessoa para pessoa, levando em conta muitos fatores, mas principalmente o estilo de vida de cada um.

    Há pessoas de 60 anos com um condicionamento físico e qualidade de vida melhor do que algumas de 30 anos. O sedentarismo é sem dúvida, um poderoso inimigo para quem deseja uma vida saudável.

    Com o passar dos anos, você vai perdendo massa muscular, flexibilidade, força, equilíbrio, massa óssea, além de aumentar a gordura corporal. Há uma série de modificações nos diferentes sistemas do organismo, seja na composição corporal, muscular, cardiovascular, pulmonar, neural ou de outras funções orgânicas que sofrem efeitos deletérios, além do declínio das capacidades funcionais e modificações no funcionamento fisiológico.

    O exercício físico é, com certeza um grande aliado e pode prevenir e retardar este processo de envelhecimento. Assim, sendo, principalmente os idosos devem se manter ativos visando principalmente:



  • Aumento da autonomia e sensação de bem-estar




  • Aumento da força muscular




  • Manutenção ou melhora da flexibilidade




  • Maior coordenação motora e equilíbrio




  • Maior sociabilidade




  • Controle do peso corporal




  • Diminuição da ansiedade e depressão




  • Maior independência pessoal




  • Ajuda no tratamento e prevenção de doenças, entre outros.




  • A hora é agora! Não deixe para depois. Invista em você e num futuro cheio de alegria. Para isto um fator se torna essencial. É importante que o idoso escolha uma atividade que ele sinta prazer, para não abandonar a atividade. Desta forma se torna mais fácil, manter uma regularidade. Vale a pena, experimentar várias atividades físicas até encontrar a que melhor se adapta ao seu perfil.

    Dentre os exercícios, ele deverá fazer:


  • Exercícios aeróbios de baixo impacto como caminhadas, mas poderá fazer também bicicleta ou hidroginástica de 5x a 6x por semana de 30 a 60 minutos;




  • Exercícios com peso como a musculação 3x a 5x por semana;




  • Alongamentos, Yoga, Pilates entre outras atividades que também promovam uma maior flexibilidade e mobilidade articular, de 3x a 6x por semana.






  • Por: Valéria Alvin Igayara de Souza
    CREF 7075/ GSP - Especialista em treinamento.

    domingo, 31 de outubro de 2010

    Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida.

    Introdução
        Historicamente, a Educação Física tem priorizado e enfatizado a dimensão bio-fisiológica. Entretanto, a partir da década de 80, a presença de outros ramos do saber, especialmente das Ciências Humanas tem participado deste debate. Novas questões, advindas da percepção da complexidade das ações humanas, tem sido trazidas por este outro campo científico. Passa-se a estudar a Educação Física em uma visão mais ampla, priorizando a multidisciplinariedade, onde o homem, cada vez mais, deixa de ser percebido como um ser essencialmente biológico para ser concebido segundo uma visão mais abrangente, onde se considera os processos sociais, históricos e culturais.
        Este ensaio pretende inserir-se nesta discussão. Seu objetivo é contribuir para o debate, de uma forma introdutória, levantando questões sobre o papel das relações sociais no universo da atividade física.
        O trabalho está estruturado em duas partes. Na primeira, buscamos apresentar a visão que, historicamente, tem legitimado a relação entre a atividade física, saúde e qualidade de vida da perspectiva das ciências biológicas. Na segunda parte, com o objetivo de trazer novos elementos para o debate, lançamos um olhar social, cultural e histórico sobre o tema.

    O paradigma do Estilo de Vida Ativa
    “Paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência.”
    (Kuhn, 1997)
        A par das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas sustenta-se a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida, levando-o a incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano. Nessa perspectiva, o interesse em conceitos como “ATIVIDADE FÍSICA”, “ESTILO DE VIDA” e “QUALIDADE DE VIDA” vem adquirindo relevância, ensejando a produção de trabalhos científicos vários e constituindo um movimento no sentido de valorizar ações voltadas para a determinação e operacionalização de variáveis que possam contribuir para a melhoria do bem-estar do indivíduo por meio do incremento do nível de atividade física habitual da população.
        Da análise às justificativas presentes nas propostas de implementação de programas de promoção da saúde e qualidade de vida por meio do incremento da atividade física, depreende-se que o principal argumento teórico utilizado está fundamentado no paradigma contemporâneo do estilo de Vida Ativa.
        Tal estilo tem sido apontado, por vários setores da comunidade científica, como um dos fatores mais importantes na elaboração das propostas de promoção de saúde e da qualidade de vida da população. Este entendimento fundamenta-se em pressupostos elaborados dentro de um referencial teórico que associa o estilo de vida saudável ao hábito da prática de atividades físicas e, consequentemente, a melhores padrões de saúde e qualidade de vida. Este referencial toma a forma de um paradigma na medida em que constitui o modelo contemporâneo no qual se fundamentam a maioria dos estudos envolvendo a relação positiva entre atividade física, saúde, estilo de vida e qualidade de vida. Identifica-se, neste paradigma, a interação das dimensões da promoção da saúde, da qualidade de vida e da atividade física dentro de um movimento denominado aqui de Movimento Vida Ativa, o qual vem sendo desencadeado no âmbito da Educação Física e Ciências do Esporte, cujo eixo epistemológico centra-se no incremento do nível de atividade física habitual da população em geral.
        O pressuposto sustenta a necessidade de se proporcionar um maior conhecimento, por parte da população, sobre os benefícios da atividade física e de se aumentar o seu envolvimento com atividades que resultem em gasto energético acima do repouso, tornando os indivíduos mais ativos.
        Neste cenário, entende-se que o incremento do nível de atividade física constitui um fator fundamental de melhoria da saúde pública.

    Atividade Física & Saúde
        Uma tendência dominante no campo da Educação Física estabelece uma relação entre a prática da atividade física e a conduta saudável. A fisiologia do exercício nos mostra inúmeros estudos sustentando esta tese.
        Nesta linha, Matsudo & Matsudo (2000) afirmam que os principais benefícios à saúde advindos da prática de atividade física referem-se aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados pelos autores são o aumento do volume sistólico; o aumento da potência aeróbica; o aumento da ventilação pulmonar; a melhora do perfil lipídico; a diminuição da pressão arterial; a melhora da sensibilidade à insulina e a diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo. Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares ocorre, segundo os autores, a diminuição da gordura corporal, o incremento da força e da massa muscular, da densidade óssea e da flexibilidade.
        E, na dimensão psicológica, afirmam que a atividade física atua na melhoria da auto-estima, do auto conceito, da imagem corporal, das funções cognitivas e de socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na diminuição do consumo de medicamentos. Guedes & Guedes (1995), por sua vez, afirmam que a prática de exercícios físicos habituais, além de promover a saúde, influencia na reabilitação de determinadas patologias associadas ao aumento dos índices de morbidade e da mortalidade. Defendem a inter-relação entre a atividade física, aptidão física e saúde, as quais se influenciam reciprocamente. Segundo eles, a prática da atividade física influencia e é influenciada pelos índices de aptidão física, as quais determinam e são determinados pelo estado de saúde.
        Para a melhor compreensão deste modelo definem as variáveis que o compõem:
    • Atividade Física é definida, segundo Caspersen (1985) como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso.
    • Saúde, de acordo com Bouchard (1990), é definida como uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, cada uma caracterizada por um continuum com pólos positivos e negativos. A saúde positiva estaria associada à capacidade de apreciar a vida e resistir aos desafios do cotidiano e a saúde negativa associaria-se à morbidade e, no extremo, à mortalidade.
    • Para a Aptidão física, adotam a definição de Bouchard et al.(1990): um estado dinâmico de energia e vitalidade que permita a cada um, funcionando no pico de sua capacidade intelectual, realizar as tarefas do cotidiano, ocupar ativamente as horas de lazer, enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, sentir uma alegria de viver e evitar o aparecimento das disfunções hipocinéticas.
        Nesta definição distinguem a aptidão física relacionada à saúde da aptidão física relacionada à capacidade esportiva. A primeira reúne os aspectos bio-fisiológicos responsáveis pela promoção da saúde; a segunda refere-se aos aspectos promotores do rendimento esportivo.
        O modelo em questão vem orientando grande parte dos estudos cujo enfoque é a relação entre a atividade física e saúde na perspectiva da aptidão física e saúde (Barbanti,1991; Böhme,1994; Nahas et al.,1995; Freitas Júnior,1995; Petroski,1997; Lopes, 1997; Ribeiro,1998; Fechio,1998; Glaner,1998; Zago et al.,2000).
        Para Marques (1999), esta perspectiva contemporânea de relacionar aptidão física à saúde representa um estado multifacetado de bem-estar resultante da participação na atividade física. Supera a tradicional perspectiva do “fitness”, preconizada nos anos 70 e 80 - centrada no desenvolvimento da capacidade cardiorrespiratória - e procura inter-relacionar as variáveis associadas à promoção da saúde. Remete, pois, segundo Neto (1999) a um novo conceito de exercício saudável, no qual os benefícios ao organismo derivariam do aumento do metabolismo (da maior produção de energia diariamente) promovido pela prática de atividades moderadas e agradáveis.
        Conforme Neto (1999), o aumento em 15 % da produção diária de calorias - cerca de 30 minutos de atividades físicas moderadas - pode fazer com que indivíduos sedentários passem a fazer parte do grupo de pessoas consideradas ativas, diminuindo, assim, suas chances de desenvolverem moléstias associadas à vida pouco ativa.
        Entidades ligadas à Educação Física e às Ciências do Esporte como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Conselho Internacional de Ciências do Esporte e Educação Física (ICSSPE), o Centro de Controle e Prevenção de Doença - USA (CDC), o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM), a Federação Internacional de Medicina Esportiva (FIMS), a Associação Americana de Cardiologia e o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) preconizam que sessões de trinta minutos de atividades físicas por dia, na maior parte dos dias da semana, desenvolvidas continuamente ou mesmo em períodos cumulativos de 10 a 15 minutos, em intensidade moderada, já são suficientes para a promoção da saúde (Matsudo,1999). Nesta mesma direção, encontram-se numerosos trabalhos de abordagem epidemiológica assegurando que o baixo nível de atividade física intervém decisivamente nos processos de desenvolvimento de doenças degenerativas (Powell et al., 1985).
        Dentre os estudos mais expressivos envolvendo esta linha de pesquisa, tem-se o estudo de Paffenbarger (1993). Analisando ex-alunos da Universidade de Harvard, o autor observou que a prática de atividade física está relacionada a menores índices de mortalidade. Comparando indivíduos ativos e moderadamente ativos com indivíduos menos ativos, verificou que a expectativa de vida é maior para aqueles cujo nível de atividade física é mais elevado. Com relação ao risco de morte por doenças cardiovasculares, respiratórias e por câncer, o estudo sugere uma relação inversa deste com o nível de atividade física .
        Estudos experimentais sugerem que a prática de atividades de intensidade moderada atua na redução de taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de doenças degenerativas como as enfermidades cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, enfermidades respiratórias, dentre outras. São relatados, ainda, efeitos positivos da atividade física no processo de envelhecimento, no aumento da longevidade, no controle da obesidade e em alguns tipos de câncer (Powell et al.,1985; Gonsalves,1996; Matsudo & Matsudo,2000).
        Destas constatações infere-se que a realização sistemática de atividades corporais é fator determinante na promoção da saúde e da qualidade de vida.

    Qualidade de vida
        Recentemente, a relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente substituída pelo enfoque da qualidade de vida, o qual tem sido incorporado ao discurso da Educação Física e das Ciências do Esporte. Tem, na relação positiva estabelecida entre atividade física e melhores padrões de qualidade de vida, sua maior expressão.
        Observa-se, nos eventos científicos, nacionais e internacionais, realizados nos últimos anos, a ênfase dada a esta relação. Muitas são as declarações documentadas neste sentido.
        O Simpósio Internacional de Ciências do esporte realizado em São Paulo em outubro de 1998, promovido pelo CELAFISCS com o tema Atividade Física : passaporte para a saúde, privilegiou em seu programa oficial a relação saúde/atividade física/qualidade de vida destacando os seus aspectos funcionais e anatomo-funcionais.
        Os resumos e conferências publicadas nos anais do Congresso Mundial da AIESEP realizado no Rio de Janeiro, em janeiro de 1997, cujo tema oficial foi a Atividade Física na perspectiva da cultura e da Qualidade de Vida, destacam a relação da qualidade de vida com fatores morfo-fisiológicos da atividade física.
        No I Congresso Centro-Oeste de Educação Física, Esporte e Lazer, realizado em setembro de 1999, na cidade de Brasília, promovido pelas instituições de ensino superior em Educação Física da região Centro-Oeste, o tema da atividade física e saúde representou 20% dos trabalhos publicados nos anais. A temática da atividade física e qualidade de vida foi objeto de discussão em conferências e mesas redondas. Também neste evento observa-se a ênfase dada aos aspectos biofisiológicos da relação atividade física/saúde/qualidade de vida.
        Vários autores e entidades ligados à Educação Física ratificam este entendimento.
        Katch & McArdle (1996) preconizam a prática de exercícios físicos regulares como fator determinante no aumento da expectativa de vida das pessoas.
        A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1999), em posicionamento oficial, sustenta que a saúde e qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física.
        Matsudo & Matsudo (1999, 2000), reiteram a prescrição de atividade física enquanto fator de prevenção de doença e melhoria da qualidade de vida.
        Lima (1999) afirma que a Atividade Física tem, cada vez mais, representado um fator de Qualidade de Vida dos seres humanos, possibilitando-lhes uma maior produtividade e melhor bem-estar.
        Guedes & Guedes (1995) reconhecem as vantagens da prática de atividade física regular na melhoria da qualidade de vida.
        Nahas (1997) admite a relação entre a atividade física e qualidade de vida. Citando Blair (1993) & Pate (1995), o autor identifica, nas sociedades industrializadas, a atividade física enquanto fator de qualidade de vida, quer seja em termos gerais, quer seja relacionada à saúde.
        Silva (1999), ao distinguir a qualidade de vida em sentido geral (aplicada ao indivíduo saudável) da qualidade de vida relacionada à saúde (aplicada ao indivíduo sabidamente doente) vincula à prática de atividade física à obtenção e preservação da qualidade de vida.
        Dantas (1999), buscando responder em que medida a atividade física proporcionaria uma desejável qualidade de vida, sugere que programas de atividade física bem organizados podem suprir as diversas necessidades individuais, multiplicando as oportunidades de se obter prazer e, consequentemente , otimizar a qualidade de vida.
        Lopes & Altertjum (1999) escrevem que a prática da caminhada contribui para a promoção da saúde de forma preventiva e consciente. Vêem na atividade física um importante instrumento de busca de melhor qualidade de vida.
        O “Manifesto de São Paulo para a promoção de Atividades Físicas nas Américas” - publicado na Revista Brasileira Ciência e Movimento (jan/2000) - destaca a necessidade de inclusão da prática de atividade física no cotidiano das pessoas de modo a promover estilos de vida saudáveis rumo a melhoria da qualidade de vida.
        Fora dos círculos acadêmicos, os meios de comunicação constantemente veiculam informações a respeito da necessidade de o homem contemporâneo melhorar sua qualidade de vida por meio da adoção de hábitos mais saudáveis em seu cotidiano.
        Neste contexto, a Federação Internacional de Educação Física - FIEP, elaborou o “Manifesto Mundial de Educação Física - 2000”, o qual representa um importante acontecimento na história da Educação Física pois pretende reunir em um único documento as propostas e discussões efetivadas, no âmbito desta entidade, no decorrer do século XX..
        O manifesto expressa os ideais contemporâneos de valorização da vida ativa, ou seja, ratifica a relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida e prioriza o combate ao sedentarismo como objetivo da Educação Física (formal e não formal) por meio da educação para a saúde e para o lazer ativo de forma continuada.

    Novos olhares sobre a relação Atividade Física e Saúde
        Diferentes visões acerca da atividade física, da qualidade de vida e da saúde foram acima apresentadas. Correspondem a visões bastante disseminadas e aceitas no domínio da Educação Física. Em comum, nestas análises, encontramos o acentuado viés biológico que as marca e as caracteriza. Este, historicamente, tem sido a base da formação do profissional de Educação Física.
        Segundo compreendemos, a questão não nos parece suficientemente resolvida deste ponto de vista. A relação entre atividade física e saúde envolve uma multiplicidade de questões. Resolvê-la exclusivamente pelo paradigma naturalista é desconhecer a complexidade do tema. O ser humano não pode ser reduzido à dimensão biológica pois é fruto de um processo e de relações sociais bem mais amplas e abrangentes.
        Neste contexto, as Ciências Sociais oferecem importante contribuição para o debate ao conceber o homem segundo uma lógica distinta daquela estritamente bio-fisiológica. No entender dessas ciências, a realidade não é um dado unívoco, mas uma construção social, que varia segundo a história, as diferentes estruturas e os diferentes processos sociais.
        Na perspectiva naturalista, pouca atenção tem sido dada aos interesses políticos e econômicos associados à saúde, à aptidão física e aos estilos de vida ativa. Esta visão assumiu uma postura eminentemente individualista e biologicista no qual elaborou-se o conceito de vida fisicamente ativa independentemente de uma análise cultural, econômica e política, desconsiderando as contradições estruturais que limitam as oportunidades de diferentes grupos sociais.

    Saiba como diferenciar exaustão de cansaço

    Um simples estado de cansaço pode evoluir para o total esgotamento

    Com a rotina corrida do dia a dia, o tempo que se dedica a tarefas para descansar o corpo e a mente é cada vez mais reduzido. Entramos num processo em que o corpo começa a ficar desgastado e a mente não consegue se "desligar" daquele projeto no trabalho, das contas para pagar, do boletim das crianças, da pia que começou a vazar (de novo) e de outra listas situações. Tudo isso acaba acelerando um quadro de exaustão emocional, uma condição que é mais grave que a estafa e está a um passo do estresse e de suas consequências sérias para a saúde.

    O conceito de exaustão está ligado ao conceito de estresse. O estresse é dividido em três níveis, chamados de alerta, reestruturação e, por fim, exaustão, que corresponde à fase em que o indivíduo já apresenta pensamentos negativos, falta de vontade de fazer as coisas, perda de sono, ansiedade acentuada, irritabilidade, entre outras características físicas como alergias, gastrites e enxaqueca.

    A exaustão emocional, ao contrário do que se pode pensar, não está atrelada às condições de uma tarefa em si, mas a situações desagradáveis que acabam levando a um estresse psicológico. Como esclarece o especialista José Roberto Leite, chefe do núcleo de medicina comportamental da Unifesp, uma pessoa pode ter inúmeras tarefas para fazer relacionadas ao seu trabalho profissional. Porém, se gosta do que faz, isso não será um problema. "O perigo existe quando a pessoa fica muito tempo submetida a um estado de estresse psicológico, que aparece em função de uma situação desagradável qualquer", explica.

    Essa pressão psicológica pode ser tanto externa, situações cujo controle não depende unicamente de uma pessoa, assim como ter origem interna, como características pessoais e qualidade de vida. "É fundamental que a pessoa fique atenta para não se submeter a essas pressões", afirma José Roberto Leite.

    Diferença entre cansaço e exaustão

    É comum dizer que estamos exaustos depois de um dia de esforço, seja físico ou mental. Porém, em geral, a verdade é que estamos cansados. Isso porque cansaço é caracterizado por um esgotamento momentâneo, eliminado de forma simples e instintiva, com boas horas de sono e atividades relaxantes. Já na exaustão, o desgaste é bem maior, na medida em que é constante, podendo ser eliminado apenas momentaneamente, de acordo com as distrações que cada um procura. Mas, a exaustão, só pode, na maioria das vezes, ser resolvida através de tratamentos e auxílio médico.

    Segundo José Roberto, é possível identificar quando alguém passou de um estado de cansaço normal, para entrar em um processo de estresse. As próprias mudanças comportamentais, como excesso de pensamentos repetitivos e negativos, perda de interesse pelas coisas, falta de apetite, ansiedade, sensação de desamparo, irão indicar essa diferença. É importante também que familiares e amigos fiquem mais atentos ao notar qualquer alteração nesse sentido.

    Situação sob controle

    Como todos estamos expostos e não sabemos se (e quando) poderemos entrar em um estado típico de estresse, o ideal é nos forçar a adquirir hábitos que costumam deixar mais leve o nosso corpo e mente e ainda, liberam a nossa atenção para situações mais prazerosas. "Cuidados gerais com a saúde, exercícios de relaxamento e respiração, práticas meditativas, exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada, dedicação ao lazer, tudo isso, aliado a um suporte familiar e social contribui e muito para amenizar as tensões do dia a dia e auxiliar a contorná-las", explica o especialista da Unifesp.

    Por Andressa Basilio


    sábado, 30 de outubro de 2010

    Quem dorme pouco perde mais músculo e menos gordura

    Pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm mais dificuldade para perder gordura quando fazem dieta do que aquelas que dormem mais de oito horas.

    De acordo com um estudo da Universidade de Chicago (EUA), quem está fazendo dieta e dorme pouco emagrece, mas a quantidade de gordura eliminada é quatro vezes menor do que a quantidade de massa magra perdida.

    A pesquisa, publicada na revista "Annals of Internal Medicine", avaliou pessoas de 35 a 49 anos com obesidade ou sobrepeso. Os voluntários foram divididos em dois grupos e submetidos ao mesmo regime alimentar de restrição calórica.

    A única diferença foi a quantidade de horas de sono -enquanto um grupo dormiu oito horas e meia por noite, o outro dormiu cinco horas e meia.

    Depois de duas semanas, a média de perda de peso dos dois grupos foi a mesma: cerca de 3 kg. Mas houve uma diferença de 55% na quantidade de gordura perdida.

    Quem dormiu menos eliminou cerca de meio quilo de gordura e 2,5 kg de massa magra. Já quem dormiu mais perdeu 1,5 kg de gordura.

    Os participantes do estudo também foram questionados sobre a sensação de saciedade. Constatou-se que as horas a mais de sono também ajudaram a controlar a fome e diminuir o apetite.

    De acordo com os pesquisadores, quem dormiu pouco teve uma produção maior de grelina, hormônio que provoca a fome e reduz o gasto energético.

    Além de ter níveis maiores de grelina, essas pessoas produziram mais uma substância que aumenta o apetite: a grelina ácida.

    Apesar dos resultados significativos, o estudo tem algumas limitações, como por exemplo o número de participantes, dez, considerado pequeno para resultados definitivos. Outra limitação é que a experiência durou apenas duas semanas.

    Mesmo assim, os autores do trabalho acreditam que os resultados podem ajudar nos tratamentos de obesidade e distúrbios do sono.

    Pesquisa da ACSM indica as tendências para o fitness em 2010, nos EUA

    O American College of Sports Medicine (ACSM), entidade norte-americana, realizou um estudo onde foram indicadas as têndencias  do fitness para 2010. Veja a lista das 10 mais importantes.

    1. Aumento da qualificação profissional: Devido ao aumento do número de organizações que oferecem cursos e certificações, na área de saúde e aptidão física, nos Estados Unidos.

    2. Treinamento de força: O treinamento da força será uma parte essencial dos programas de atividade física.

    3. Programas de combate a obesidade infantil: Crescimento na procura e na necessidade de criação de programas de exercícios para combater os problemas de excesso de peso em crianças.

    4. Personal Training: Aumento na valorização da importância dos serviços de treinamento personalizados como facilitador na promoção da saúde e aptidão física.

    5. Treinamento do “Core”:
    Diferente do treinamento da força, este tipo de treinamento enfatiza, especificamente, o fortalecimento dos músculos do tronco, incluindo a pelve, que fornecem a sustentação necessário para a coluna.

    6. Programas de treinamento para a Terceira Idade: Com o aumento do numero de idosos nos Estados Unidos, crescerá a procura por programas de treinamento que atendam as necessidades especificas para esta faixa-etária.

    7. Treinamento Funcional: Esta é uma tendência para a utilização do treinamento da força para melhorar a aptidão na realização das atividades diárias.

    8. Treinamentos especificos para modalidades esportivas: A criação e a procura por este tipo de treino esta ligada diretamente aos jovens atletas, que buscam permanecer em forma, mesmo estando de fora da temporada das competições esportivas.

    9. Pilates: A modalidade que visa treinar a região do Core, a flexibilidade e a postura utilizando  todo o corpo continuará sendo uma das modalides essenciais nas academias.

    10. Personal Training em grupo: Será visivel o crescimento das aulas de personal training envolvendo pequenos grupos. Um reflexo das dificuldades econômicas atravessadas pelo pais.

    por Robson Alves Maciel

    Antes palco de massacre, hoje palco de lazer e esportes.

    A dezoito anos ocorreu o horror conhecido como o massacre do carandiru.

    No local existia a penetenciária, onde milhares de homens que cometeram seus erros e por isso estavam prezos naquele lugar, e tambem naquele dia estavam cometendo outro erro grave pois estavam em uma rebelião sem controle. Mas naquele dia a policia resolveu agir, e talves da forma mais cruel que poderia existir, homens fortemente armados, com cães treinados pra matar invadiram a penetenciária matando cruelmente centenas e centenas de presidiários.

    Bom dezoito anos depois, o mesmo local onde aconteceu aquele massacre existe um local voltado ao esporte e ao lazer. Famílias fazem caminhadas, jovens praticam esportes, aprendem artes marciais.
    Um local que ja foi visto como local de morte, hoje e visto como local de vida, lazer, um local voltado ao bem estar dos moradores da zona norte.